O PSD/Matosinhos reivindica a construção de linhas “prioritárias” e “novos e urgentes” investimentos na rede de Metro neste concelho, do distrito do Porto, motivo pelo qual pediu uma reunião com a administração da empresa.
Em comunicado, o presidente da concelhia do PSD/Porto, Bruno Pereira, referiu que o projeto da linha de São Mamede de Infesta, que parte da Senhora da Hora em direção ao Hospital São João, no Porto, que culminaria com o encerramento da linha circular à volta da cidade do Porto foi “sucessivamente ultrapassada” por outros projetos.
“Nos projetos de expansão futuros da Metro do Porto, esta linha tem de ser considerada prioritária, pois para além da grande densidade populacional e do impacto urbanístico, a mesma culmina com o encerramento das linhas circulares à volta da cidade do Porto”, considerou.
Numa altura em que se comemoram os 20 anos do serviço comercial da Metro do Porto, o vereador social-democrata pediu uma reunião ao presidente do conselho de administração da Metro, Tiago Braga, para lhe apresentar um plano de investimentos na rede de metro, em Matosinhos.
“Deve ser dada prioridade a uma linha para o norte do concelho de Matosinhos, para Leça da Palmeira, que sirva a Exponor, as novas zonas residenciais que estão na calha e acautelar o futuro do que vier a ser construído nos terrenos da Petrogal [antiga refinaria], seja habitacional, empresarial ou serviços, permitindo também o acesso às zonas balneares, por via metro”, disse.
Bruno Pereira considerou que esta linha, devido à sua localização estratégica “paredes meias” com o Porto e com infraestruturas portuárias, aeroportuárias e viárias “inigualáveis” permitiria melhorar de “forma drástica” a mobilidade na Área Metropolitana do Porto (AMP), libertando a “congestionada A28 e a rotunda Produtos Estrela”.
Além disso, o social-democrata entendeu que a Metro não deve resumir os projetos de expansão a uma contingência financeira, mas diversificar e priorizar soluções dinâmicas, corrigindo desequilíbrios estruturais persistentes, tais como abolir as barreiras arquitetónicas existentes para pessoas com mobilidade reduzida, assegurando a igualdade de acesso às infraestruturas e locais públicos.
“Mais devem optar por realizar empreitadas de aperfeiçoamento e reformulação da rede de metro, a qual em alguns troços se encontra em sobreposição e conflito com a rede rodoviária, criando um impacto de mobilidade nefasto dentro dos concelhos, como facilmente se exemplifica, nas rotundas do metro na saída da A4 para Matosinhos (rotunda da Avenida da República), na entrada para o Hospital Pedro Hispano ou ainda na rotunda da ESAD, sita nas imediações do NorteShopping”, sublinhou.
O vereador do PSD salientou que o facto de o metro ser de superfície nestas rotundas, origina um conflito de mobilidade desnecessário, pelo que nestes locais, o metro deve ser configurado para curtas extensões de túneis subterrâneos, projetos de baixo custo, mas com alto impacto na mobilidade dentro do concelho.
A prioridade a estabelecer entre as futuras linhas da Metro do Porto será “determinada em função daquilo que é o envelope financeiro”, disse o presidente da transportadora, Tiago Braga, em entrevista à Lusa, assinalando 20 anos de serviço comercial.
Atualmente, estão em obra a extensão da Linha Amarela entre Santo Ovídio e Vila d’Este (Vila Nova de Gaia), a construção da Linha Rosa (São Bento – Casa da Música), e está projetada a Linha Rubi (Santo Ovídio – Casa da Música).
TVSH 2022