Os hospitais públicos da região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) perderam, nos últimos 10 anos, 6.500 partos, naquela que foi a área do país com maior quebra, revelou esta quinta-feira o ‘Jornal de Notícias’ – das 38 maternidades do país, somente a de Matosinhos tem assistido a um crescimento do número de nascimentos. Ao todo, foram perdidos 15 mil partos.
Apesar da diminuição do número de partos, LVT mantém-se a região do país onde nascem mais bebés – a previsão para 2022 é de 24.500 nascimentos – mas aquela que enfrenta maiores dificuldades para assegurar o funcionamento permanente do serviço de urgência e bloco de partos. Em comparação com a região norte, que tem previstos 21.600 partos, LVT tem o mesmo número de maternidades (13) mas menos 18 médicos especialistas em ginecologia e obstetrícia e internos da especialidade.
As regiões que perderam menos partos nos últimos dez anos foram o Norte e Centro – 17% e 18,3%, respetivamente. No Alentejo, nascem menos cerca de 850 bebés, mas em termos percentuais regista a quebra mais acentuada, 27%. A exceção é o Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, que tem previstos 1.623 nascimentos este ano, dois a mais do máximo registado nos últimos 10 anos.
A reformulação das urgências e a concentração de serviços para colmatar a falta de médicos é uma solução atualmente em estudo que será agora responsabilidade do novo ministro da Saúde, Manuel Pizarro.
Créditos:
TVSH 2022