Mulher atropelada tinha feito queixa na PSP há duas semanas. Homem estava em liberdade condicional após matar outra ex-namorada.

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Venezuelana foi atropelada, deliberadamente, pelo ex-companheiro. Tinha feito queixa por ameaças e violência doméstica, há duas semanas, mas homem, que estava em liberdade condicional, não foi detido.

A mulher venezuelana que foi atropelada mortalmente pelo ex-companheiro na última quinta-feira dia 6, em São Mamede Infesta, tinha feito há duas semanas mais uma queixa na PSP por ameaças e violência doméstica, noticia o Jornal de Notícias. Foram, aliás, feitas pelo menos sete queixas nos últimos tempos, acrescenta o Correio da Manhã. Mas o homem, que estava em liberdade condicional por ter matado outra ex-namorada (em 2009), não foi detido. Agora, o homicida ficou em prisão preventiva.

O Jornal de Notícias avançou neste sábado que a vítima, a mulher (de 37 anos) que tinha terminado a relação com o homicida, tinha apresentado queixa na PSP de São Mamede Infesta no último dia 24 de maio. Tinha sido uma relação de apenas quatro meses mas o homicida nunca se conformou com o fim do namoro e continuou nos últimos dois anos a perseguir a mulher, que se chamava Daniela Alejandra Padrino.

Não há informação sobre que diligências foram feitas depois dessa queixas apresentadas na PSP, mas o homem continuou em liberdade e, segundo o JN, terá esperado que a ex-namorada saísse do trabalho para a atropelar mortalmente, passando-lhe com o carro por cima três vezes num crime testemunhado por várias pessoas que ali estavam. O Correio da Manhã tem uma versão diferente: a mulher, que trabalhava em arquitetura, não estava a sair do trabalho mas, sim, da casa do novo namorado.

O homicida, João Pedro Oliveira, nascido em Coimbra em 1981, já tinha matado (à facada) outra ex-namorada que tinha tentado terminar uma relação com ele. Foi em 2009, em Castelo Branco, que o homem matou a então namorada com 23 facadas, à porta da casa dos pais dela.

João Pedro Oliveira tinha um historial de agressões a outras mulheres, desde muito jovem, e depois de cometer esse crime foi condenado a 16 anos de prisão. Mas acabaria por cumprir apenas 10 anos de prisão e, em 2020, saiu em liberdade condicional (e assim continuava).

Quando saiu em liberdade (condicional), em 2020, o homem rumou a Trás-os-Montes e aí ter-se-á envolvido com uma outra mulher que também acabaria a fazer queixa dele por violência física. Foi aberto um inquérito, que poderia ter levado João Pedro Oliveira a voltar para a prisão, mas acabou por não ter sequência por causa das limitações causadas pela pandemia de Covid-19.

Foi nessa altura que o homem decidiu ir viver para Matosinhos, onde viria a conhecer a mulher que matou nesta última quinta-feira. Daniela Alejandra Padrino tinha 35 anos quando os dois se conheceram e começaram a namorar. Chegaram, mesmo, a viver juntos na zona de Picoutos, segundo o Jornal de Notícias. Mas as constantes agressões ditaram o fim da relação, com o homem a jurar que a mataria se ela não retomasse o namoro.

Daniela não tinha família próxima em Portugal, já que os pais vivem nos EUA – e, sabendo a perseguição de que a filha era vítima, terão insistido para que ela saísse de Portugal e se juntasse à restante família na América.

Segundo o relato feito pelo Correio da Manhã, a mulher foi atropelada uma primeira vez no passeio e foi projetada. João Pedro Oliveira fez, depois, marcha-atrás e passou mais duas vezes por cima da mulher. Depois fugiu, quase atropelando um homem que se colocou no meio da estrada para tentar travá-lo. Também embateu em várias viaturas estacionadas naquela zona, que fica perto de um jardim-escola.

O homem, presente a juiz, ficou em prisão preventiva e não prestou quaisquer declarações públicas.

Chegada ao Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de veículos celulares da Polícia com alguns de detidos da operação "Pretoriano", no Porto, 02 de fevereiro de 2024. Na passada na quarta-feira, a PSP deteve hoje 12 pessoas, incluindo o líder dos Super Dragões, Fernando Madureira, a sua mulher, Sandra Madureira, vice-presidente da claque, e o oficial de ligação aos adeptos do FC Porto, Fernando Saul, no âmbito de um processo que investiga os incidentes ocorridos durante essa AG. FERNANDO VELUDO/LUSA

Créditos: Observador

TVSH 14/06/2024

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