Presidente pede “paciência” na descontaminação da Petrogal

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O presidente executivo (CEO) da Galp, Andy Brown, avisou nesta quarta-feira que vai ser preciso “paciência” até que a descontaminação dos solos da refinaria de Matosinhos fique concluída, para dar lugar à cidade da inovação prevista para os terrenos.

A Galp irá ainda “criar uma equipa liderada por Ana Lehmann“, antiga secretária de Estado da Indústria, para “o desenvolvimento do projeto de requalificação urbanística de toda a área até aqui ocupada pela sua unidade industrial”, que contará também com Celeste Varum (presidente executiva) e José Sequeira (planeamento urbano).

Em Lisboa, o gestor afirma que “Estamos absolutamente determinados em Matosinhos, para criar este ‘hub’, mas tenho de avisar toda a gente que vão ter de ser muito pacientes”.

A cidade da inovação pretende potenciar “um ecossistema urbano, social e ambientalmente sustentável, incluindo comércio e serviços, hotelaria, restauração, indústria 5.0, habitação, equipamentos culturais e de lazer, com destaque para um ‘Green Park’ [parque verde]”.

Andy Brown lembrou que se trata de um projeto de vários milhões de euros e que, até ao momento, foi feita uma primeira análise dos solos onde funcionou a refinaria cujo encerramento foi anunciado no final de 2020.

Galp sublinhou que se trata de um processo demorado e que só se vai perceber completamente que intervenção é necessária quando se remover todo o equipamento do local.

As partes que não estão contaminadas, esclareceu Andy Brown, poderão ser entregues mais cedo, para o início da construção da cidade de inovação, enquanto as restantes serão entregues progressivamente, à medida que forem sendo descontaminadas, o que poderá só estar concluído na próxima década.

Em meados de fevereiro, a Galp, a Câmara de Matosinhos e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) anunciaram que a antiga refinaria de Matosinhos vai dar lugar a uma cidade da inovação ligada às “energias do futuro” e assinaram um protocolo de cooperação “para a reconversão dos terrenos”, em Leça da Palmeira, concelho de Matosinhos, no distrito do Porto.

De acordo com as entidades, o objetivo é “promover a valorização económica, social e ambiental de toda a região Norte do país, posicionando esta iniciativa no topo dos projetos mundiais de tecnologia associada a energias sustentáveis”.

 

 

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