Mantém-se a concentração para a próxima terça-feira junto à sede da Galp e em frente à Assembleia da República.
Os trabalhadores da Petrogal continuam a afirmar que o encerramento do Complexo Petroquímico do Porto é “um crime económico” e defendem a transformação da unidade numa biorrefinaria. Mantêm o protesto agendado para a próxima terça-feira (dia 2) junto às instalações da empresa em Lisboa e à porta do Palácio de S. Bento onde querem ser recebidos pelo primeiro-ministro, de quem estranham o silêncio quanto à decisão anunciada em dezembro pela Galp de encerrar o complexo de Leça da Palmeira.
Sindicatos e comissão de trabalhadores afirmaram, esta sexta-feira, em conferência de imprensa no Porto, que não são avessos às medidas de descarbonização, defendem a reconversão do complexo e que sejam mantidos todos os postos de trabalho. Dão o exemplo do verificado em Cartagena, em Espanha, onde uma unidade similar à de Leça foi transformada em biorrefinaria, com a ajuda de fundos comunitários e onde se criaram ainda mais mil postos de trabalho.
Recorde-se que em causa está o anúncio feito a 23 de dezembro de que a Galp vai concentrar as suas operações de refinação e desenvolvimentos futuros no complexo de Sines e descontinuar a refinação em Matosinhos a partir de 2021. Uma decisão que afetará 401 postos de trabalho diretos e, de acordo com os sindicatos, mais de mil indiretos, “causando fortes danos no tecido económico da região”.
“Queremos ser ouvidos e é uma vergonha que António Costa não tenha tido ainda uma palavra para com os trabalhadores e para com o país. Estão em causa os rendimentos de milhares de famílias”, afirmou Miguel Ângelo Pinto, do SITE Norte, que juntamente com outros dirigentes promete “lutas contínuas enquanto o problema não for resolvido”.