Um em cada 10 portugueses tem uma conta Revolut, que tem em Portugal a sua segunda maior operação, em número de colaboradores, e que pretende continuar a investir no país, como assegura Nik Storonsky, CEO e cofundador.
A Revolut alcançou um milhão de clientes em Portugal. Nos primeiros 10 meses do ano, o número de utilizadores da Super App e dos seus serviços duplicou no país, confirmou esta manhã Nik Storonsky, cofundador e CEO da fintech, num encontro com a imprensa à margem da Web Summit.
Dez por cento dos portugueses são agora utilizadores dos serviços da Revolut, que vai continuar a apostar na localização de serviços para o mercado local, adiantou o responsável, e na disponibilização de funcionalidades de conveniência, como a possibilidade de pagar contas através da app. Portugal é também um dos países, sublinhou o responsável, que passa a contar, a partir desta quarta-feira, com acesso à nova funcionalidade de Instant Messaging anunciada pela plataforma.
Portugal é ainda o país onde a Revolut, que desde o final do ano passado opera no país como um banco, tem a sua segunda maior operação em número de colaboradores, logo depois do Reino Unido, sede da empresa. Em Portugal trabalham na Revolut 1.170 pessoas e a fintech não esconde a importância estratégica do país, onde o investimento continuará a crescer.
Desde janeiro, o número de downloads da app da Revolut, realizado a partir de Portugal, cresceu 87% (dados Data.ai) e, nos últimos dois meses, a aplicação subiu ao top 3 das mais descarregadas, tanto no Android como em equipamentos iOS. Os pagamentos com cartão Revolut cresceram já 50% este ano, tanto quanto o número de depósitos nos cofres que a app permite criar. As transações internacionais realizadas por utilizadores portugueses também cresceram no último ano, ficando 58% acima do ano passado.
Em Portugal, a Revolut tem equipas de engenharia e operações, marketing, comunicação, recursos humanos ou jurídica. O hub de Matosinhos é um dos maiores da empresa, que tem neste momento 317 vagas de emprego abertas no país.
Nik Storonsky participa hoje na Web Summit, com uma talk no palco principal às 16h30. Na conversa prévia com alguns meios da imprensa, admitiu que a regulação europeia tem a ganhar com o caminho de uniformização que tem vindo a ser feito. Ter um quadro legal em cada país não facilita o desenvolvimento de ofertas globais com aquela que a empresa tem vindo a construir e que quer levar a mais países. A India é uma das próximas prioridades da Revolut. China não está para já nos planos, admitiu Nik.
Storonsky nasceu na Rússia, embora viva no Reino Unido desde os 20 anos, onde co-fundou a Fintech. Anunciou há poucos dias que abdicou da cidadania russa, país que não apoia na guerra contra a Ucrânia. Garante que a decisão, já consumada, foi tomada há vários meses mas o processo é longo e decidiu só torná-lo público depois de concretizado.
Créditos: Sapo Tek
TVSH 2022