‘Metrobus’ do Porto retira uma entrada ao parque da Casa da Música

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A construção do ‘metrobus’ do Porto na Avenida da Boavista irá alterar os acessos desta ao parque subterrâneo da Casa da Música, eliminando uma entrada e alterando uma saída, segundo o anteprojeto da empreitada, consultado hoje pela Lusa.

 

“Por indicação da Metro do Porto, a estação inicial [do ‘metrobus’] ficará implantada em frente à Casa da Música / Av. da Boavista, sobre a existente rampa de entrada, eliminando, desta forma, a actual entrada no parque situada na Av. da Boavista”, pode ler-se no anteprojeto da empreitada do ‘metrobus’, consultado pela Lusa.

O mesmo documento aponta que, “no que respeita à rampa de saída do parque de estacionamento, a solução assenta em fazer um desvio da boca de saída existente, mantendo a saída direta a partir do piso -2 do parque de estacionamento para a Av. da Boavista”.

Em causa está a construção da linha de BRT (Bus Rapid Transit, vulgo ‘metrobus’) Boavista – Império, com ligação à Praça Cidade do Salvador (Rotunda da Anémona), em Matosinhos, um serviço de autocarro a hidrogénio verde que circulará em via dedicada na Avenida da Boavista e em convivência com os automóveis na Avenida Marechal Gomes da Costa.

Os documentos de fiscalização da empreitada, também consultados pela Lusa, referem que é contemplado “o projeto, fornecimento e colocação em serviço de estação de produção, armazenamento e abastecimento de hidrogénio verde (HRS) para abastecimento de veículos BRT e instalações de produção de energia elétrica de fonte renovável, fotovoltaica, para o processo de produção de hidrogénio verde na HRS”.

“A instalação de HRS será a realizar na estação da Areosa da STCP [Sociedade de Transportes Coletivos do Porto], e as instalações de produção de energia de origem fotovoltaica serão nas coberturas dos edifícios oficinas e administrativos, e das coberturas de ensombramento, dos parques de Francos, Via Norte e Areosa, da STCP”, apontam os documentos.

Apesar de a obra ser executada pela Metro do Porto, o serviço rodoviário será operado pela STCP, conforme já anunciado pelo presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira.

No dia 28 de novembro foi lançado o concurso público para a fiscalização da empreitada, que tem como prazo de submissão de propostas 29 de dezembro, levando o arranque da obra para 2023.

O arranjo urbanístico previsto para a Avenida da Boavista atrasou o arranque desta empreitada, disse à Lusa presidente da Metro do Porto, Tiago Braga que garantiu faseamento na obra.

O investimento no BRT é totalmente financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e chega aos 66 milhões de euros, valores sem IVA.

Estão previstas as estações Casa da Música, Guerra Junqueiro, Bessa, Pinheiro Manso, Serralves, João de Barros e Império, no primeiro serviço, e na secção até Matosinhos adicionam-se Antunes Guimarães, Garcia de Orta, Nevogilde, Castelo do Queijo, e Praça Cidade do Salvador (Anémona).

 

TVSH 2022

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