A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) levantou o desaconselhamento a banhos nas praias de Matosinhos, no distrito do Porto, mantendo agora um controlo “regular e atento”, disse hoje o vice-presidente.
“As praias [de Matosinhos] foram libertadas no sábado de manhã porque as análises revelaram bons resultados. Agora seguiremos o programa habitual de controlo regular e atento às zonas balneares”, revelou, em declarações à agência Lusa, José Pimenta Machado.
Na quarta-feira, a APA avisou que os banhos nas praias Norte, Centro e Sul de Matosinhos estavam desaconselhados por motivo de “contaminação microbiológica”.
No local, estava afixado um aviso da APA que desaconselhava a ida à agua nas praias daquele concelho do distrito do Porto até hoje.
As próximas análises à qualidade da água em Matosinhos estão marcadas para sexta-feira, sendo a periodicidade de avaliação às águas das praias do concelho semanal.
O responsável da APA indicou ainda que o desaconselhamento no concelho foi “por motivos pontuais”, uma vez que “os valores estavam ligeiramente alterados”, e que as causas da contaminação “não foram identificadas”.
“Pode ter sido algo na Ribeira da Riguinha ou um barco a lavar ou mesmo o Rio Leça, mas não sabemos exatamente”, disse José Pimenta Machado.
Na sequência deste incidente, a APA também realizou análises a uma praia do concelho do Porto, a Praia Internacional, tendo obtido “resultados bons”.
Em junho as praias de Matosinhos estiveram igualmente interditas a banhos por contaminação das águas.
Hoje, à Lusa, o vice-presidente da APA indicou também que os banhos nas praias de Ofir e Vila Chã, em Vila do Conde, também no distrito do Porto, estiveram “desaconselhados, mas o aviso já foi levantado”.
“Aí [Vila do Conde], o desaconselhamento foi por precaução. As análises agora vão efetuar-se de 15 em 15 dias. Em Matosinhos, as análises são uma vez por semana pelo número de pessoas que as frequenta e pelo histórico”, referiu.
A APA estima que uma avaria na estação elevatória de Vila Chã, “entretanto já normalizada”, possa ter sido a causa.
Na sexta-feira, a associação ambientalista Zero alertou para o agravamento da qualidade da água nas praias nesta época balnear, revelando que 28 já estiveram interditadas e dezenas já tiveram banho desaconselhado ou proibido.
Em comunicado, a Zero explicou ter avaliado os resultados relativos à qualidade das águas balneares na presente época, disponibilizados pelo Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos, comparando com o mesmo período de tempo em 2022.
Apesar de a análise estar este ano antecipada uma semana, os problemas “são já mais significativos”, referia a Zero.
Créditos: Lusa
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