Hackers vendem dados roubados a fabricante de armas europeu e NATO investiga implicações

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Hackers vendem dados roubados a fabricante de armas europeu e NATO investiga implicações

 

Os contornos do ataque ao fabricante de armamento que tem sido fornecido pelos aliados à Ucrânia ainda estão a ser investigados. Os hackers garantem que deu acesso a dados confidenciais da NATO, a agência garante que não mas está a investigar.

NATO está a investigar o impacto do roubo de informação a um fabricante europeu de armas que produz mísseis fornecidos pelos aliados à Ucrânia. Entre os dados roubados estão informações que podem ser relevantes sobre este armamento.

A BBC encontrou referências à oferta em fóruns em russo e em inglês. O grupo pede 15 bitcoins (317 mil euros à cotação atual) por 80GB de informação e diz que já teve um comprador. Na descrição do “pacote” explica que contém informação classificada de colaboradores que participaram em projetos militares já concluídos, desenhos técnicos, apresentações, fotos, vídeos, informações de contratos e armamento e correspondência trocada com outras empresas.

Na amostra gratuita a que a BBC teve acesso, havia documentos classificados com as etiquetas NATO Confidential, NATO Restricted. O grupo partilhou depois mais dois documentos classificados como NATO Secret, o segundo mais importante dos cinco níveis em que a NATO classifica os seus documentos. Aí há informações sobre alguém central numa missão de inteligência alegadamente realizada em 2020 na Estónia, mas a autenticidade ainda não foi confirmada.

A empresa atacada é a MBDA Missile Systems, que confirma o ataque, mas que já garantiu não haver informação classificada entre os dados que foram postos à venda. A empresa também releva que os dados comprometidos foram roubados de um disco rígido externo e que tem cooperado com as autoridades italianas no âmbito do caso, já que o roubo aconteceu em Itália.

A NATO entretanto confirmou as investigações, mas diz que não tem indícios de que o ataque, que pode ter partido dos sistemas de um fornecedor da MBDA, tenha implicações na sua infraestrutura. “Estamos a avaliar queixas relacionadas com dados alegadamente roubados da MBDA. Não temos qualquer indicação de que qualquer rede da NATO tenha sido comprometida”, referiu um porta-voz da empresa em declarações à BBC.

MBDA Missile Systems existe desde 2001 e resulta da fusão de três empresas do sector de França, Reino Unido e Itália. Soma 13 mil empregados.

Créditos: TEK SAPO
TVSH 2022

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