No Museu da Quinta de Santiago até 26 de fevereiro de 2023
A exposição “António Carneiro. O poeta com pincéis” abriu hoje portas no Museu da Quinta de Santiago onde permanecerá até 26 de fevereiro do próximo ano.
A mostra, que se insere na celebração dos 150 anos do nascimento de António Carneiro (1872-1930), é a maior dos últimos 50 anos do poeta e pintor e reúne um total de cerca de 70 obras, objetos e documentos, parte deles inéditos ou quase desconhecidos.
A presidente da Assembleia Municipal, Palmira Macedo, o vice-presidente da Câmara, Carlos Mouta e o vereador da cultura, Fernando Rocha, marcaram presença na inauguração.
Pela primeira vez em 120 anos, as duas versões da obra mais icónica do pintor António Carneiro – “Ecce-Homo” são expostas fora das instalações da Misericórdia do Porto. Quer a célebre versão original do retrato de Cristo, do acervo da Autarquia, com o rosto do próprio artista, datada de 1901, e recusada pela Misericórdia portuense, por não incluir a coroa de espinhos e a cana verde usada pelo “Messias” na sua Paixão, quer a versão produzida em 1902 e posteriormente aceite, estão expostas lado a lado neste espaço museológico de Leça da Palmeira.
O conhecido autorretrato de 1918 de António Carneiro, bem como a obra “Menina do gato”, ambas do Museu Nacional Soares dos Reis, também poderão ser observadas, assim como estudos diversos para duas obras igualmente essenciais no percurso do artista, como são os casos do tríptico “A Vida” e “Camões lendo os Lusíadas aos frades de S. Domingos”.
O retrato a sanguínea de uma bebé do acervo municipal está também exposta ao público pela primeira vez, assim como seis desenhos até hoje nunca exibidos, entre os quais um retrato de Gutenberg e diversos animais e plantas, que correspondem a ilustrações de António Carneiro para os livros de poesia do escritor e pedagogo João de Deus (1830-1896), nomeadamente a “Cartilha Maternal”.
Duas paisagens marinhas de Leça da Palmeira, com a Capela da Boa Nova e o antigo casario junto à praia, recentemente adquiridas pela Câmara de Matosinhos, também têm a sua estreia nesta mostra.
Alguns objetos pessoais do artista, invulgarmente vistos em público, como um relógio de bolso, pincéis, cartas, livros da sua biblioteca com dedicatórias, e fotos, propriedade do Museu Amadeo Souza Cardoso, completam esta exposição.
Em suma, a exposição apresenta cerca de 50 obras de arte e cerca de 20 documentos e objetos significativos do pintor e poeta, dando a conhecer as suas múltiplas facetas de poeta, ilustrador, retratista, paisagista e mestre de episódios históricos e religiosos.
De referir que cerca de 70% das obras de António Carneiro aqui exibidas integram a coleção artística do município de Matosinhos, uma das entidades públicas com um maior número de quadros do artista, perto de meia centena de peças.
A mostra hoje inaugurada foi ainda completada com um conjunto significativo de obras de outros museus que se associaram aos 150 anos do nascimento de António Carneiro, nomeadamente o Museu Nacional de Soares dos Reis, o Museu Nacional de Grão Vasco, o Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, o Museu Municipal Amadeo de Souza Cardoso, o Museu da Misericórdia do Porto, o Museu João de Deus e a Fundação Marques da Silva.
A abertura do certame ficou ainda marcada por um momento musical, com a atuação do Quarteto de Cordas de Matosinhos que interpretou temas do violinista e compositor Cláudio Carneiro, filho do artista homenageado.
Recorde-se que Leça da Palmeira é um local fundamental no percurso pessoal e artístico de Carneiro, pois apesar de ter nascido em Amarante e residido grande parte da vida no Porto, apaixonou-se pelo mar e pelas praias de Leça da Palmeira, onde passou as férias de verão, entre 1906 e 1915, aqui produzindo um conjunto notável de paisagens, desde sempre aclamadas pela crítica e pelo público.
A exposição “António Carneiro. O poeta com pincéis” pode ser visitada no Museu da Quinta de Santiago até 26 de fevereiro de 2023 no seguinte horário: terça a sexta das 10h às 13h e das 15h às 18h; sábados, domingos e feriados das 15h às 18h.
A mostra, que se insere na celebração dos 150 anos do nascimento de António Carneiro (1872-1930), é a maior dos últimos 50 anos do poeta e pintor e reúne um total de cerca de 70 obras, objetos e documentos, parte deles inéditos ou quase desconhecidos.
A presidente da Assembleia Municipal, Palmira Macedo, o vice-presidente da Câmara, Carlos Mouta e o vereador da cultura, Fernando Rocha, marcaram presença na inauguração.
Pela primeira vez em 120 anos, as duas versões da obra mais icónica do pintor António Carneiro – “Ecce-Homo” são expostas fora das instalações da Misericórdia do Porto. Quer a célebre versão original do retrato de Cristo, do acervo da Autarquia, com o rosto do próprio artista, datada de 1901, e recusada pela Misericórdia portuense, por não incluir a coroa de espinhos e a cana verde usada pelo “Messias” na sua Paixão, quer a versão produzida em 1902 e posteriormente aceite, estão expostas lado a lado neste espaço museológico de Leça da Palmeira.
O conhecido autorretrato de 1918 de António Carneiro, bem como a obra “Menina do gato”, ambas do Museu Nacional Soares dos Reis, também poderão ser observadas, assim como estudos diversos para duas obras igualmente essenciais no percurso do artista, como são os casos do tríptico “A Vida” e “Camões lendo os Lusíadas aos frades de S. Domingos”.
O retrato a sanguínea de uma bebé do acervo municipal está também exposta ao público pela primeira vez, assim como seis desenhos até hoje nunca exibidos, entre os quais um retrato de Gutenberg e diversos animais e plantas, que correspondem a ilustrações de António Carneiro para os livros de poesia do escritor e pedagogo João de Deus (1830-1896), nomeadamente a “Cartilha Maternal”.
Duas paisagens marinhas de Leça da Palmeira, com a Capela da Boa Nova e o antigo casario junto à praia, recentemente adquiridas pela Câmara de Matosinhos, também têm a sua estreia nesta mostra.
Alguns objetos pessoais do artista, invulgarmente vistos em público, como um relógio de bolso, pincéis, cartas, livros da sua biblioteca com dedicatórias, e fotos, propriedade do Museu Amadeo Souza Cardoso, completam esta exposição.
Em suma, a exposição apresenta cerca de 50 obras de arte e cerca de 20 documentos e objetos significativos do pintor e poeta, dando a conhecer as suas múltiplas facetas de poeta, ilustrador, retratista, paisagista e mestre de episódios históricos e religiosos.
De referir que cerca de 70% das obras de António Carneiro aqui exibidas integram a coleção artística do município de Matosinhos, uma das entidades públicas com um maior número de quadros do artista, perto de meia centena de peças.
A mostra hoje inaugurada foi ainda completada com um conjunto significativo de obras de outros museus que se associaram aos 150 anos do nascimento de António Carneiro, nomeadamente o Museu Nacional de Soares dos Reis, o Museu Nacional de Grão Vasco, o Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, o Museu Municipal Amadeo de Souza Cardoso, o Museu da Misericórdia do Porto, o Museu João de Deus e a Fundação Marques da Silva.
A abertura do certame ficou ainda marcada por um momento musical, com a atuação do Quarteto de Cordas de Matosinhos que interpretou temas do violinista e compositor Cláudio Carneiro, filho do artista homenageado.
Recorde-se que Leça da Palmeira é um local fundamental no percurso pessoal e artístico de Carneiro, pois apesar de ter nascido em Amarante e residido grande parte da vida no Porto, apaixonou-se pelo mar e pelas praias de Leça da Palmeira, onde passou as férias de verão, entre 1906 e 1915, aqui produzindo um conjunto notável de paisagens, desde sempre aclamadas pela crítica e pelo público.
A exposição “António Carneiro. O poeta com pincéis” pode ser visitada no Museu da Quinta de Santiago até 26 de fevereiro de 2023 no seguinte horário: terça a sexta das 10h às 13h e das 15h às 18h; sábados, domingos e feriados das 15h às 18h.
TVSH 2022