A STCP desembolsou mais 14 milhões de euros em energia no ano passado, comparando com a despesa de 2021. A fatura contribuiu decisivamente para a subida de 15,8 milhões nos gastos operacionais da empresa, que totalizaram 79,7 milhões de euros. No ano passado, a operadora do Grande Porto transportou mais passageiros, percorreu mais quilómetros, mas recebeu menos dinheiro do Estado a título de compensação pelo serviço público. As Contas da STCP foram aprovadas em Assembleia Geral.
Em 2022, segundo ano em que esteve sob a alçada das autarquias, a operadora transportou 69 milhões de passageiros, mais 35% face a 2021 e mais 89% face a 2019, tendo percorrido um total de 22,7 milhões de quilómetros, “um aumento de 1,9%, comparativamente com o ano anterior”. O aumento da procura levou à subida de 11,8 milhões de euros na receita de transporte, que atingiu os 45,2 milhões de euros.
Apesar destes indicadores, a STCP recebeu menos 5,7 milhões a título de compensações por obrigações de serviço público. A Administração Central transferiu, neste capítulo, 11,3 milhões. “Os outros subsídios à exploração cresceram cerca de 1,7 milhões de euros, explicado pelas verbas extraordinárias de apoio ao combustível”, assinala a empresa, em comunicado.
Os rendimentos da STCP em 2022 foram de 69,3 milhões de euros, “aumentando 8,1 milhões relativamente a 2021”.
“Em 2022, o valor do investimento realizado foi cerca de 2,8 milhões de euros. Destacam-se as obras de requalificação realizadas na Estação de Recolha da Via Norte, no montante de 1,6 milhões de euros, e as obras de renovação do posto de abastecimento de gás de Francos, no montante 710 milhares de euros, representando 58% e 25% do investimento, respetivamente”, detalha o comunicado.
Para este ano, perspetiva-se a entrada em operação de 48 autocarros elétricos, a instalação de 24 carregadores duplos, a requalificação dos edifícios das estações de recolha da Via Norte e de Francos, assim como a implementação dos novos sistemas de bilhética e de apoio à exploração e informação ao público.
A operadora é detida pelas câmaras do Porto, de Gaia, de Matosinhos, de Gondomar, da Maia e de Valongo, concelhos servidos pelos seus autocarros e elétricos. A transferência da propriedade da empresa do estado para as autarquias deu-se há dois anos.
Em 31 de dezembro de 2022, a empresa tinha 1334 trabalhadores, menos um do que na mesma data de 2021.
Créditos: JN
TVSH 2023