Conclusão das obras está prevista para o final de 2024.
Rui Moreira, que falava à margem de um almoço de Natal com os homólogos de Vila Nova de Gaia e de Matosinhos, salientou ainda que a Metro do Porto “foi sensível às preocupações” do município.
Num ofício enviado a 10 de novembro ao presidente do Conselho de Administração da Metro do Porto, Rui Moreira, manifestou a sua preocupação com “o impacto profundamente negativo gerado pela empreitada de construção da nova linha do metro”.
Também aos jornalistas, Rui Moreira reforçou esta quinta-feira essa preocupação, lembrando que a obra “causa particular impacto na cidade”.
“Compreenderão que nós precisamos que a Metro do Porto, junto do que são as entidades que estão a construir o metro, procurem diminuir ao máximo o impacto que uma obra tem sobre a população”, referiu.
Questionado sobre a futura ponte do metro, que integra o projeto da linha Rubi, Rui Moreira disse que a situação é, neste momento, “clara” e que tanto Porto, como Gaia estão “mais tranquilos” relativamente ao impacto da inserção daquela infraestrutura na malha urbana.
“Estamos hoje mais tranquilos do que estávamos há uns meses (…) A partir do momento em que soubemos que Álvaro Siza Vieira e Eduardo Souto Moura estão envolvidos”, afirmou, dizendo que tal demonstra a tentativa de se “aperfeiçoar um projeto que no inicio levantou resistência”.
Numa carta de resposta ao ofício de Rui Moreira, datada de 02 de dezembro, a Metro do Porto diz ter formalizado, em maio, uma aceleração da empreitada da Linha Rosa.
“Em 20 de maio último, formalizámos com o consórcio Ferrovial/ACA um Plano de Trabalhos Modificado (uma evolução corretiva do plano inicial)” visando “a aceleração da empreitada, intensificando a recuperação de atrasos acumulados em algumas frentes de obra, com o objetivo firme de concluir a obra em dezembro de 2024”, pode ler-se na carta de resposta de Tiago Braga.
A empreitada de construção da Linha Rosa, que se traduz num novo trajeto no Porto entre a zona de S. Bento/Praça da Liberdade e a Casa da Música, arrancou no dia 29 de março.
Com quatro novas estações subterrâneas e um percurso em túnel de quase três quilómetros, esta linha tem o cunho de dois prémios Pritzker [considerados o Nobel da Arquitetura], uma vez que Eduardo Souto Moura é o responsável pelos projetos das novas estações, sendo que a de São Bento é assinada em parceria com Álvaro Siza Vieira.
TVSH 2022