PSD de Matosinhos responsabiliza a APDL e a Câmara de Matosinhos pelos prejuízos que se avizinham para o concelho
Bruno Pereira, vereador e presidente do PSD de Matosinhos, lamenta a posição de complacência que a Câmara Municipal de Matosinhos tem assumido perante a construção do quebra-mar que, sem se mostrar preocupada com o futuro do concelho, irá ter consequências gravosas no ambiente, na preservação das praias, nos desportos náuticos, na restauração e comercio local, turismo, indústria da pesca e ainda na habitação.
“Infelizmente Luísa Salgueiro, presidente da Câmara de Matosinhos e da Associação Nacional de Municípios terá que ser responsabilizada pelo seu silêncio comprometedor junto do Governo e da APDL, é que está ainda por esclarecer o real impacto desta obra e, sobretudo, por quantos anos a competitividade económica do porto de Leixões será prolongada.”, vaticina Bruno Pereira.
A obra de extensão do quebra-mar e do aumento dos fundos no porto de Leixões estará conclusa no final 2023. Até ao momento só foram construídos 100 metros – falta construir mais 200 metros – e já são visíveis os primeiros sinais negativos desta construção a vários níveis. “Porque não parar a obra enquanto é tempo? É que as previsões a médio/longo prazo, em tempo de incertezas no comércio mundial, indiciam que este projeto pode ser uma aposta perdida!”, refere o vereador social-democrata.
O PSD reconhece a importância económica, e até política e social, que o Porto de Leixões representa para o concelho de Matosinhos, para a Área Metropolitana do Porto e para o País. “A verdade é também respeitar os habitantes locais, preservando a sua qualidade de vida e a subsistência financeira do comercio local.
“De um presidente de Câmara exige-se que defenda, contra tudo e contra todos, os interesses do concelho e o bem-estar dos cidadãos, e isso não está a acontecer por parte de Luísa Salgueiro que continua submissa ao poder socialista”, acusa o líder do PSD de Matosinhos.
Na opinião de Bruno Pereira “não se percebe a posição do governo e da APDL ao começar a fazer uma casa pelo telhado ao investir no prolongamento do quebra-mar, sem ter sequer garantido um terminal para a atracação dos navios de maior dimensão, que justifique esta empreitada e que se prepara ainda para a previsível contentorização do espaço norte, nomeadamente em Leça da Palmeira.”
Na verdade, a quantidade de riscos para o ambiente desta obra, não deixam de ser preocupantes, uma vez que existem estudos que apontam para a deterioração da qualidade de água, do ar e solos, para a alteração morfológica da praia, para a redução da agitação marítima, para o aumento da erosão das praias a sul de Leixões, originando episódios de galgamento, mais para o aumento dos níveis de ruído e do tráfego rodoviário e para a excessiva contentorização.
“Além disso também não foram estudados os impactos na qualidade da água balnear e de que forma esta obra vai implicar nas condições de segurança dos banhistas, e nas principais praias urbanas da área metropolitana do Porto”, recorda Bruno Pereira.
A estrutura local do PSD não aceita que a “alma” do concelho de Matosinhos seja posta em causa, por meras questões financeiras, de forma tão pouco cuidada e ponderada e podem mudar em absoluto a relação de um concelho e de uma Área Metropolitana com o mar, uma relação que é o orgulho dos matosinhenses e que há muito marca o concelho de Matosinhos.
A finalizar o PSD de Matosinhos recorda ainda que a empreitada estava orçada em 131 milhões de euros, e agora vai custar mais cerca de 54 milhões de euros e não se vislumbra qualquer responsabilização para o governo e para a administração da APDL, a qual na data era composta unicamente por militantes do partido socialista, pela elevada derrapagem, existindo indícios de que esta verba irá aumentar ainda mais.
TVSH 2023