Porto Design Biennale De 2 de junho a 25 de julho, nas cidades de Matosinhos e do Porto.

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Porto Design Biennale
De 2 de junho a 25 de julho, nas cidades de Matosinhos e do Porto.
A Porto Design Biennale regressa este ano para uma reflexão dinâmica sobre a construção de um futuro “globalizado”, envolvendo a sociedade, a academia, a indústria, as instituições e os agentes culturais.
“Alter-Realidades: Desenhar o presente” é o tema da segunda edição do Porto Design Biennale, um evento promovido pelos municípios do Porto e Matosinhos e organizado pela esad–idea, Investigação em Design e Arte.
Com curadoria geral do professor e investigador Alastair Fuad-Luke, a edição de 2021 decorre de 2 de junho a 25 de julho nas duas cidades e terá a França como país convidado.
A apresentação do programa decorreu hoje na Câmara Municipal do Porto e contou com a presença da Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Luísa Salgueiro, do autarca do Porto, Rui Moreira, do vice-presidente da autarquia de Matosinhos, Fernando Rocha, dos curadores Alastair Fuad- Luke e Sam Baron, da diretora executiva da Porto Design Biennale, Magda Seifert, e do diretor da ESAD, Sérgio Afonso, entre outros convidados.
Luísa Salgueiro salientou que “a relevância do design não se resume a esta marca territorial, distintiva e universal, mas também está associado a um impulso económico”. “Sempre foi assim, o design é simbiose entre o belo e o utilitário, permanecendo sempre num limbo entre a arte e o utensílio. É a sua linguagem impulsionada por um carácter funcional, prático e utilitário que está na génese da sua importância. O design português contemporâneo, traduzido em diferentes atividades económicas, muitas delas emergentes como a indústria do calçado ou do vestuário, mas mesmo na indústria aeronáutica, náutica e automóvel, tem contribuído para a divulgação de Portugal além-fronteiras, associando uma nova imagem à qualidade conferida internacionalmente”, referiu a edil.
A autarca frisou que “o design tem a faculdade de transformar uma lata de sardinha num objetivo cosmopolita, a capacidade de conferir identidade e valor a um objetivo neutro”. “É um segredo imprescindível para o futuro económico de uma região conectada ao mundo, com uma identidade tão própria e com um passado económico marcadamente industrial”, concluiu.
Já Rui Moreira sublinhou que “esta apneia” criada pela pandemia permitiu “olharmos de uma forma diferente para a sociedade, para o mundo que nos rodeia”. “Não podemos voltar à normalidade que conhecíamos. Temos de criar uma nova normalidade. Esta é a melhor oportunidade para isso”, adiantou o autarca do Porto.
Este ano, a Porto Design Biennale terá um formato misto, dividindo-se entre iniciativas presenciais e online, num total de 49 atividades, 20 conversas online, 11 workshops e a presença de nove curadores, em 24 espaços.
A Casa do Design de Matosinhos apresenta de 2 de junho a 25 de julho a exposição “Museu da Matéria Viva”.
Com curadoria de Alastair Fuad- Luke, a exposição vai recorrer a memórias culturais e a novas experiências materiais para reativar os nossos conhecimentos, sensoriais e outros, sobre os materiais locais. A propósito desta exposição, irão realizar-se em Matosinhos dois dos três workshops previstos que visam explorar diferentes ambientes materiais no território local. A Casa do Design irá acolher um dedicado ao tema “Terra”, de 24 a 26 de junho. “Cativando a Fibroesfera- Tornando fibras têxteis em nova matéria” pretende que os participantes convertam microfibras de plástico tóxicas em matéria não poluente. Em julho, de 6 a 8, será a vez do Museu Quinta de Santiago receber um workshop dedicado ao “Mar” e ao desenho com algas.
Alastair Fuad- Luke será também o curador da ação “Local”, uma iniciativa que pretende dialogar com os cidadãos sobre como melhorar as cidades através do design. Para isso, estará disponível um inquérito durante o período da bienal para que os cidadãos possam dar a conhecer as suas necessidades e desejos de forma a gerar mudanças. As respostas serão depois disponibilizadas a alunos de escolas superiores de design, que irão ajudar a visualizar possíveis soluções para os problemas identificados.
Entre as “atividades satélite” previstas para Matosinhos, destaque para o projeto desenvolvido por Alexandre Delmar e Maria Ruivo. “A Recoletora” tem objetivo central a promoção de plantas selvagens locais comestíveis, introduzindo-as à dieta portuguesa e lançado o desafio de recuperar a cultura gastronómica popular local. Este projeto inclui a realização de um passeio e de um workshop no ESAD- Idea Café, no dia 11 de julho, e de um jantar na Quinta de Santiago, no dia 17 de julho.
Entre 14 e 18 de junho, Ana Neiva e João Nuno Gomes vão desenvolver o projeto “Petites Folies: Outras Paisagens no Douro”, realizando na ESAD um workshop com estudantes de instituições de ensino ligadas à artes que irão criar instalações para locais específicos.
A Casa da Arquitectura recebe, no dia 24 de julho, um workshop desenvolvido pelo Instituto Holandês de Arquitetura. “For the Record: As políticas do design em videoclipes” é um projeto que investiga a forma como os videoclipes contemporâneos funcionam como um espaço público de consumo, ativismo e emancipação, criando novas narrativas e imaginários visuais. O workshop será dedicado aos temas Imaginários Urbanos, Tecnologias de Circulação e Realidades em Cena.
Depois de Itália, é a vez de França ser o país convidado da Porto Design Biennale.
O programa, desenvolvido em parceria com o Institut français du Portugal e a Embaixada de França em Portugal, conta com a participação de Caroline Naphegyi e Sam Baron.
Curadores, investigadores e criadores, Caroline Naphegyi e Sam Baron têm trabalhado na criação de pontes entre o design e outras disciplinas artísticas e académicas. Como tal, a dupla propõe um diálogo transfronteiriço no programa francês da Porto Design Biennale, articulado com o tema geral proposto por Alastair Fuad-Luke.
Caroline Naphegyi e Sam Baron propõem virar o foco para a utilidade da prática do design, revelando a sua capacidade para questionar a realidade, desafiar a complexidade e propor conceitos e adaptações para um mundo mais próximo e justo.
Créditos : CMM Facebook
TVSH 2021

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