Nikola Mitrevski: “Quando joguei uma vez contra o FC Porto, tive a certeza…”

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Guarda-redes desejou ser do FC Porto desde a primeira visita ao Dragão, como rival. Renovou até 2024 e não pensa sair.

Nikola Mitrevski é natural de Bitola, pequena cidade no sul da Macedónia do Norte que alberga o Eurofarm Pelister, terceiro maior clube de andebol do país – atualmente treinado por Lars Walther e contando com Wilson Davyes, ambos com passagens pelo FC Porto -, e tem em Portugal o seu segundo país. Aos 37 anos, continua a ser um guarda-redes de topo mundial, capitão da seleção macedónia.

Em exclusivo a O JOGO e em bom português, revelou a sua paixão pelo FC Porto, iniciada em outubro de 2015, na primeira vez que visitou o Dragão Arena. Vestia na altura a camisola do Benfica… e perdeu (30-25).

Fora do seu país, a maioria da carreira tem sido em Portugal. É preferência ou coincidência?
-Acho que ambas. Desde pequenino que gostava de Portugal e estava curioso para ver as belezas deste país. Depois vim como jogador. E, quando joguei uma vez com o FC Porto, tive a certeza de que um dia ainda iria jogar aqui.

Gosta do campeonato português? Como o compara com o macedónio e o romeno, onde também esteve?
-Gosto do campeonato. Tem três grandes clubes e mais algumas boas equipas, bastante competitivas, com jogadores de qualidade. O campeonato macedónio decide-se quase sempre entre duas equipas, não há muita competitividade, embora esta época esteja mais equilibrado. Dos três, o campeonato romeno é o que está mais equilibrado, há muita competição e qualquer equipa pode bater outra.

Está a cumprir a terceira época no FC Porto. Como define o clube?
-É um prazer levar três épocas no FC Porto. Pessoalmente, gosto do funcionamento do clube, que tem uma boa estrutura, trabalha bem com a formação e, ao mesmo tempo, está sempre a ganhar troféus.

Percebe e compreende a grande ligação entre a cidade/região e o FC Porto?
-Sim, sinto essa ligação. Sei que toda a cidade está conectada com o clube, apoia-o sempre. Pode-se dizer que vivem para o FC Porto e que esse amor é eterno.

Gosta da cidade?
-Gosto do Porto. Não só eu, mas todos os macedónios que já o visitaram. Tem tudo o que é preciso para uma vida ótima, as pessoas são muito sociáveis, gostam de conversar. Tem boas praias, uma arquitetura antiga, bom vinho – o vinho do Porto – e, claro, um dos melhores clubes do mundo.

Identifica-se com os valores anunciados pelo clube – rigor, competência, paixão e ambição?
-Acho que todos esses valores são muito importantes para um atleta, pessoa ou clube que pretendam ter sucesso.

Pelo FC Porto ganhou dois campeonatos, uma Taça de Portugal e uma Supertaça. Que espera vencer esta época?
-Como sempre, o nosso objetivo é ganhar tudo. Nesta época, ainda queremos o campeonato e a Taça.

O campeonato, com uma derrota na primeira jornada, ficou logo complicado. Como analisa as contas neste momento?
-Talvez, depois da primeira jornada, tenha parecido que o campeonato ia ser mais difícil de ganhar. Mas, com uma vitória e um empate fora contra os concorrentes diretos, já anulámos essa falha e estamos lado a lado com os outros.

Que se passou com a equipa este ano, que teve exibições abaixo do expectável e só no último mês se nota que subiu de forma?
-Não sei o que vocês esperavam, mas sei que o FC Porto é uma equipa vencedora e está sempre pronta para lutar. E ganhar.

Foi convocado para o Mundial. Gostaria de vir a defrontar Portugal?
-Fui convocado e sou o capitão da seleção da Macedónia. Neste Mundial, acho que não poderemos defrontar Portugal [n.r.d.: só poderá acontecer nas meias-finais], mas para o próximo Europeu estamos no mesmo grupo de apuramento e vamos defrontar-nos em março. Para mim vai ser um prazer jogar com os meus colegas do FC Porto e ainda mais porque vamos jogar em Matosinhos.

 

Créditos: OJOGO

TVSH 2022

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