Milhares invadiram as marginais do Porto e de Matosinhos

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Milhares de corredores de 74 países invadiram, este domingo, as marginais do Porto e de Matosinhos para participarem na 18.ª Maratona do Porto, ganha pela dupla de quenianos James Mwangu e Alice Jepkembo Kimutai. À prova rainha do atletismo, juntou-se uma corrida solidária de dez quilómetros e uma caminhada de seis.

 

Com mais de 100 ruas cortadas, a solução de muitos foi deixar o carro longe e improvisar o aquecimento, indo a correr até ao local da partida, junto ao Sea Life.

Pouco passava das 8 da manhã deste domingo e Fernando Machado, 36 anos, com o pequeno Lucas, de três, ao colo, tentava encontrar o melhor ângulo junto à meta, no recinto do Queimódromo, no Porto.

Saíram de Braga “ainda de noite”, por volta das 6.30 horas, e juntos esperavam ver chegar Marta, de 36, que “há coisa de dois anos começou a participar em corridas”.

“Da mesma forma que ela me apoia no ciclismo, viemos os dois dar-lhe força”, contou ao JN Fernando, explicando a tática de “meter o bichinho das provas” ao petiz. Mas Lucas, com sono, parece ignorar esse desejo. “Talvez siga o ciclismo, porque gosta muito de andar de bicicleta, disse o pai, a sorrir.

Ainda a maratona levava 31 minutos, com os atletas a passarem os primeiros dez quilómetros, e já na meta se posicionavam para receber os vencedores da corrida dos dez quilómetros. Numa altura em que na frente da provam iam Rui Teixeira, Rui Pedro Silva e Ricardo Pereira.

E de rompante, para surpresa de todos, a fita foi cortada por um corredor que preferiu fazer o trajeto mais pequeno, de seis quilómetros. Seguido, logo atrás, por Aimar, de apenas 11 anos.

Sem palmas nem festejos do público, a chegada do menino foi festejada pela mãe, Raquel, que aos gritos, manifestava estar “incrédula” por o filho ter corrido seis quilómetros em pouco mais de meia-hora.

“Ninguém o aplaudiu, mas foi espetacular aquilo que ele fez!”, confessava Raquel, visivelmente orgulhosa, dando conta que a família havia rumado de Vitoria, em Espanha, até ao Porto, porque o marido estava a participar na maratona.

Acabada de completar a caminhada, acompanhada pelos três filhos, Nicolas, de oito anos, Tomas, de cinco, e Scarlet, de apenas dois meses, Cristina sentia-se “radiante” por ter acabado a prova.

Natural de Barcelona, Espanha, a super-mãe contou que ia aguardar pela chegada do marido que também estava a participar na maratona.

Emoção foi o que não conseguiram esconder Manuel e Cecília Carvalho, quando viram a filha Maria, de 23 anos, cortar a meta logo atrás de Dulce Félix e Rafaela Fonseca.

A atleta precisou de se sentar por uns breves instantes numa cadeira de rodas e logo a mãe debruçou-se sobre as grades “para perceber se estava tudo bem”.

“Este terceiro lugar é a recompensa do esforço que faço todos os dias para treinar, uma vez que moro na Maia, trabalho como engenheira Geoespacial em Santa Maria da Feira e ainda estou a tirar o mestrado no Porto”, referiu ao JN a atleta.

Esforço, esse, muitas vezes partilhado com o pai, que a acompanha nos treinos, de bicicleta, e que este domingo levantou-se “às 5.30 horas” para a ir ver participar na corrida.

 

Créditos: JN

TVSH 2022

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