As linhas de metro para Gondomar e Trofa serão as primeiras a avançar no próximo pacote de expansão da rede. Mas o presidente do Conselho Metropolitano do Porto, Eduardo Vítor Rodrigues, afirma que os traçados para Matosinhos e para a Maia são para executar. Os concursos deverão ser lançados até ao verão.
O presidente do Conselho Metropolitano do Porto, Eduardo Vítor Rodrigues, recorda que há quatro projetos para a expansão de metro em cima da mesa e que os mesmos “foram definidos num protocolo assinado em Gondomar”: os traçados para a Trofa, Gondomar, Matosinhos e Maia. Depois da fase de construção da linha Rosa, no Porto, o prolongamento da linha Amarela até Vila d’Este, em Gaia, e da linha Rubi, entre o Campo Alegre e o Arrábida Shopping, avançarão “os projetos de execução relativamente às demais linhas”. Esses concursos deverão avançar até ao verão.
“A informação que o ministro [do Ambiente, Duarte Cordeiro] tornou pública é que até ao verão os projetos são lançados a concurso”, salientou.
O também autarca de Gaia recorda “a polémica” criada em torno da assinatura do protocolo para o estudo dos traçados de expansão da rede do metro, assinado em fevereiro de 2020 na Câmara de Gondomar, observando que confirma-se, hoje, “a boa-fé” da Área Metropolitana do Porto (AMP) e do Governo.
A solução encontrada para a Trofa foi a de construir parte da linha em metro e a restante em metrobus. “Foi essa a solução de viabilidade. Foi aceite por toda a gente que só faria sentido investir se a linha, no mínimo, fosse equilibrada e não tivesse nenhum tipo de défice”, nota Eduardo Vítor Rodrigues.
“O que na altura era evidente, face ao dinheiro disponível, era que Gondomar e a Trofa correspondiam a prioridades do ponto de vista da sustentabilidade e da viabilidade de construção. O projeto de Matosinhos era superior ao valor disponível pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para o financiamento, o que significava que ou ia ficar excluído ou então, como aconteceu, o Município fez uma revisão do projeto articuladamente com a Metro do Porto. O mesmo aconteceu com a Maia”, explica o também presidente da Câmara de Gaia, reforçando que “as prioridades foram definidas em função de critérios de sustentabilidade financeira da rede”.
“As quatro linhas são mesmo para fazer”
O que foi negociado com o Governo, clarifica o autarca, “foi o arranque dos projetos de execução das quatro linhas, sabendo-se que no financiamento imediatamente disponível, muito provavelmente só encaixa Gondomar e a Trofa”, que terá verbas do Portugal 2030 e do PRR. Enquanto esses projetos de execução estão a ser tratados, avança a preparação do modelo de financiamento “que estará definido até junho deste ano”.
Eduardo Vítor Rodrigues nota que existe “um pacote financeiro dedicado à mobilidade no âmbito do Portugal 2030”, acreditanto existir verba suficiente para avançar com os traçados de Matosinhos e da Maia, com um “desfasamento de pouco tempo” em relação às linhas de Gondomar e da Trofa.
“O grande objetivo da mobilidade e do projeto de descarbonização com que Portugal se comprometeu é 2034. Portanto, o que nós temos que fazer é garantir que as quatro linhas são mesmo para fazer, sabendo que provavelmente o Gondomar e a Trofa avançam já”, conclui.
Créditos: JN
TVSH 2023