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A pandemia afetou drasticamente o equilíbrio psicológico dos portugueses de maneira que 47% da população não tem qualquer hobbie e só 15% descobriu uma nova ocupação para o tempo livre, revela um estudo da Fixando junto de 11.380 profissionais e utilizadores da plataforma entre os dias 10 e 17 de maio.
Ainda assim, com a análise da Fixando, ficou a conhecer-se quais foram as principais ocupações do tempo livre dos portugueses durante a pandemia: música (16%), desporto (15%), leitura (12%), fotografia (11%), cinema (9%) e artes plásticas (7%).
Em média, os 15% dos inquiridos que conseguiram ter um tempo extra para desenvolver um novo talento, dedicam 5 horas por semana ao mesmo com uma despesa média de €82/mês para o manter, embora a grande maioria não tem disponibilidade financeira para aumentar custos desta natureza.
O IMPACTO PISCOLÓGICO:
A crise económica vivida e a falta de interesses levaram a uma procura desenfreada por psicólogos, que em 2020 aumentou 566%, e de janeiro a maio de 2021 já progrediu 133%, totalizando um número recorde quando comparado com anos anteriores.
Quando questionados sobre o estado da sua saúde mental, os portugueses não hesitam em apontar a inércia e a apatia como as principais causas do mal-estar generalizado.
O QUE DIZEM OS PSICÓLOGOS:
Na perspetiva de Andrei Criulean, os hobbies são uma forma divertida de ganharmos competências complementares enquanto fazemos algo de que gostamos.
Começamos algo novo enquanto hobbie, vamos experimentando e aprendendo até alcançarmos um certo grau de mestria, e quando isso acontece, observamos a nossa autoestima a aumentar e ficamos com uma sensação de competência. Tão bom para a saúde mental.
TVSH 2021