Matosinhos quer nova travessia para Leça da Palmeira

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A presidente da Câmara de Matosinhos reivindicou esta quinta-feira ao Governo a construção de uma nova travessia entre Leça da Palmeira e Matosinhos, dias depois de a ponte móvel que liga estas duas margens ter encerrado por um mês para manutenção.

“Não ignoro a dificuldade em inserir novas ligações rodoviárias em programas comunitários de financiamento, mas esta nova via de trânsito local, destinada a peões, transporte público e velocípedes, assume particular importância não só para o aumento da qualidade de vida dos residentes nesta cidade do concelho, como também na qualidade de atração do território para a fixação de novas empresas, particularmente intensivas em trabalho qualificado”, disse Luísa Salgueiro, numa carta endereçada ao ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, e a que a Lusa teve acesso.

A ponte móvel de Leixões, em Matosinhos, no distrito do Porto, encerrou quarta-feira, às 6 horas, e até “previsivelmente” dia 30 de abril para trabalhos de manutenção, anunciou a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL).

Durante o período de encerramento, e a fim de se minimizarem os transtornos causados, a APDL assegura gratuitamente o transporte de peões entre as margens por autocarros fretados por si.

Na missiva, a autarca socialista lembrou que, num espaço de três anos, a ponte avariou já quatro vezes lembrando, por isso, não ser a primeira vez que faz tal reivindicação ao Governo.

Luísa Salgueiro recordou que, em 2018, entre os contributos da Área Metropolitana do Porto para o Plano Nacional de Investimentos 2030 pediu que constasse uma nova ligação entre Matosinhos e Leça da Palmeira.

“No final de 2019, expressei as expectativas que depositava no contributo da atual legislatura para a resolução dos constrangimentos de mobilidade que os cidadãos e empresas do litoral Norte enfrentam com a autoestrada 28 (A28), particularmente no cruzamento com a Circunvalação, ambas tuteladas pelas Infraestruturas de Portugal”, sublinhou.

Posteriormente, acrescentou, voltou a escrever sobre o que representava a inoperacionalidade da ponte móvel para o quotidiano da cidade de Matosinhos-Leça.

Prosseguindo, a autarca frisou que, já em 2020, no âmbito da discussão pública da reconversão do Terminal Multiusos do Porto de Leixões, voltou a assinalar a necessidade de uma nova ligação.

Já no início deste ano, após uma “inexplicável” mudança de planos em relação a uma ligação Bus Rapid Transit (BRT) entre o Campo Alegre [Porto] e Matosinhos, Luísa Salgueiro assinalou ter participado na discussão pública do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) reivindicando esta nova travessia e uma nova solução de BRT entre o aeroporto [Maia] e Matosinhos.

A presidente da câmara termina a carta referindo ter a expectativa que o Governo contribua para a resolução deste problema.

“Toda a região beneficia das externalidades do Porto de Leixões, mas apenas o concelho absorve os impactos negativos que advêm da presença da infraestrutura portuária”, concluiu.

Desde a sua inauguração, em julho de 2007, a ponte sofreu quatro avarias, nomeadamente em 2013, 2018, 2019 e 2020 associadas à “gripagem” prematura das rótulas principais de movimentação dos tabuleiros.

 

Notícia : Jn.pt

TVSH 2021

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