Guerra aumenta drasticamente o desemprego em Gaza e na Cisjordânia
A guerra entre Israel e o Hamas destruiu, em pouco mais de dois meses, cerca de dois terços do emprego em Gaza (66%) e quase um terço (32%) do emprego na Cisjordânia, revela um novo relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Em termos absolutos, estas percentagens equivalem à perda de 468 mil postos de trabalho nos territórios palestinianos, incluindo 192 mil em Gaza e 276 mil na Cisjordânia, refere o estudo, que foi elaborado em conjunto com o Gabinete Central de Estatísticas da Palestina.
O porta-voz das Forças de Defesa de Israel revelou que foram atingidos vários alvos do Hezbollah no território do Líbano.
“Entre os alvos atingidos inclui-se várias infraestruturas terroristas, bem como bases militares onde os terroristas da organização operavam”, indicou Daniel Hagari numa publicação na rede social X (antigo Twitter).
Israel propôs ao Hamas uma semana de tréguas, em troca da libertação de cerca de 40 reféns. A informação é avançada pela CNN, que cita responsáveis israelitas e uma fonte dentro do assunto.
Esta proposta será apresentada por mediadores mediadores do Catar.
À Reuters, uma fonte avança também que estão em curso negociações sobre uma nova trégua, com o número de pessoas libertadas a ser discutido.
David Cameron vai viajar até à Jordânia e ao Egito esta semana, confirmou o Ministro dos Negócios Estrangeiros britânico em comunicado. O ministro vai visitar a região para dar seguimento aos esforços para “assegurar a libertação de todos os reféns israelitas e o aumento da ajuda humanitária a Gaza”, bem como para “pôr fim aos ataques com rockets do Hamas e as ameaças contra Israel”.
De acordo com a Reuters, na Jordânia, David Cameron vai encontrar-se com o homólogo, Ayman Safadi. No Egito vai visitar uma zona junto da fronteira com Gaza para avaliar o impacto do apoio do Reino Unido.
Três empresas palestinianas revelaram que os serviços de comunicação e internet estão novamente interrompidos na Faixa de Gaza.
“Lamentamos anunciar a interrupção total de todos os serviços de comunicação e internet na Faixa de Gaza devido à agressão contínua”, pode ler-se numa publicação partilhada pelo Grupo Paltel no Facebook. As empresas Ooredoo e Jawwal emitiram comunicados semelhantes.
O líder do Hamas chegou hoje ao Cairo para manter conversações sobre a situação na Faixa de Gaza, declarou o grupo palestiniano, quando Israel e o movimento islamita estão a mostrar sinais favoráveis para uma nova trégua na guerra.
Ismail Haniya, que está baseado no Qatar, chegou ao Cairo “para discussões com autoridades egípcias sobre os desenvolvimentos da agressão sionista na Faixa de Gaza e muitas outras questões”, sublinhou o Hamas num comunicado.
Na terça-feira, uma fonte do grupo palestiniano disse à agência de notícias AFP que Haniya se deveria encontrar com o responsável dos serviços de informação egípcios, Abbas Kamel, com o objetivo de discutir “o fim da agressão e da guerra, a preparação de um acordo de libertação de prisioneiros e o fim do cerco imposto à Faixa de Gaza”.
Uma fonte do grupo islamita Jihad Islâmica palestiniana disse hoje à AFP que o líder deste movimento armado, o segundo maior na Faixa de Gaza, Ziyad al-Nakhala, também viajaria para o Cairo no início da próxima semana.
O Presidente de Israel, Isaac Herzog, declarou na terça-feira que Israel estava “pronto para uma nova pausa e uma ajuda humanitária adicional com a intenção de permitir a libertação dos reféns” israelitas.
Durante uma reunião com as famílias dos reféns na terça-feira, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, explicou que havia enviado recentemente “o chefe da Mossad [serviços de informação de Israel] à Europa, por duas vezes, para promover um processo de libertação”.
O Egito e o Qatar contribuíram para as negociações que conduziram a uma trégua de uma semana no final de novembro, durante a qual 80 israelitas que estavam a ser mantidos como reféns na Faixa de Gaza foram trocados por 240 palestinianos presos em Israel.
Antes de chegar ao Cairo, Ismail Haniya encontrou-se em Doha, capital do Qatar, com o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hossein Amir-Abdollahian, segundo imagens divulgadas por Teerão.
Após o ataque do Hamas em 07 de outubro, com mais de 1.200 mortos e mais de 240 sequestrados, Israel declarou guerra ao movimento palestiniano e lançou uma ofensiva militar por terra, mar e ar no enclave.
A operação já provocou mais de 19.600 mortos, na maioria civis, e 52.500 feridos segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo Hamas, e cerca de 1,9 milhões de deslocados, de acordo com a ONU.
Créditos: Sapo
TVSH 20/12/2023