Já deu três voltas ao mundo mas é a primeira vez que o navio-escola Sagres, com a figura do Infante D. Henrique na proa, está atracado na margem do Porto do rio Douro. A embarcação, construída em 1937, chegou nesta manhã de segunda-feira à Ribeira e estará aberta a visitas entre quinta-feira e domingo para comemorar o Dia da Marinha. A entrada é livre.
Ainda mal assentaram os pés no navio e a viagem ao passado já começou. “A Pátria honrae que a Pátria vos contempla“. É de Camões a frase, adotada como lema pela Marinha, e está inscrita, a dourado, numa das três rodas do leme do navio-escola Sagres. Metade, pintada a verde e a outra metade, a vermelho, numa alusão à bandeira portuguesa.
A viagem desta segunda-feira, entre o Porto de Leixões, Matosinhos, e a Ribeira do Porto, terá sido uma das mais pequenas que já fez, – conta com três voltas dadas ao mundo -, mas também uma das mais celebradas. Ouviram-se buzinas de carros e apitos vindos dos barcos de pescadores que “escoltavam” o navio à entrada no rio.
À hora da passagem pelo Passeio Alegre, cerca das 12.20 horas, já a multidão estava concentrada nas margens do rio, de telemóveis e câmaras fotográficas em punho para testemunhar a passagem histórica do navio pela cidade. Em pouco mais de duas horas, o navio-escola Sagres atracou, pela primeira vez na História, na Ribeira do Porto. E não ficará por lá só para “decoração”. Estará aberto a visitas, de quinta-feira a domingo, entre as 10 e as 12 horas e as 14 e as 18 horas. Fazem parte das comemorações do Dia da Marinha e a entrada é grátis.
“Experiência fundamental e fantástica”
Além da tripulação, entre cadetes, praças, sargentos e oficiais, a bordo seguiu também o vice-almirante Gouveia e Melo e o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, acompanhado pelo seu Executivo.
Para Moreira, “a chegada da Sagres à cidade do Porto é sempre um momento especial porque é uma cidade portuária, é uma cidade de tradições que tem um enorme respeito pelas atividades náuticas”. “Ver este navio entrar no Douro é, para nós, portuenses, uma experiência fundamental e fantástica”, descreve o autarca.