Hospitais lotados e profissionais de saúde exaustos: Saiba quando deve (ou não) ir às urgências

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A pandemia de Covid-19 voltou a ressurgir em Portugal, lotando hospitais e deixando profissionais de saúde de rastos. A elevada afluência tem causado filas de espera de horas, razão pela qual importa saber em que situações deve recorrer às urgências.

A ida às urgências deve acontecer sempre que existe “uma situação suficientemente grave que põe em risco algum dos seus órgãos”, explica Nelson Pereira, médico e diretor da UAG da Urgência e Medicina Intensiva do Hospital de São João, no Porto, em entrevista à ‘SIC Notícias’.

Para o responsável há “situações em que ninguém tem dúvidas”, nomeadamente, um traumatismo significativo, um acidente de viação, uma perna partida, uma ferida a sangrar, falta de ar, défice de força muscular, boca ao lado, dificuldade em falar, dor forte no peito e no braço esquerdo, acompanhada de náuseas e suores frios.

Também Carla Araújo médica internista do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, dá alguns exemplos à estação. “Sinais neurológicos súbitos”, cansaço extremo, febre e mau estar há três dias, refere. Nestes casos, as pessoas devem ligar para o 112, “em vez de se meterem no próprio carro a caminho do hospital”.

E quando não se deve ir?

Por outro lado, as pessoas não devem ir às urgências se tiverem dúvidas sobre o que se passa. Nesse caso, devem contactar uma entidade capaz de ajudar a perceber se é uma situação urgente ou não, como os médicos de família, ou a linha SNS 24.

“Ninguém deve ir por sua iniciativa, pelo seu próprio pé a um serviço de urgência”, adianta Nelson Pereira, citado pela ‘SIC’.

Já Carla Araújo exemplifica com sintomas que não justificam uma ida à urgência: indisposição, o chamado “pingo no nariz”, dor de garganta recente sem sinais de dificuldade respiratória e unhas encravadas. 

Para além disso, também a febre sem sintomas, uma infeção urinária simples, “dor no joelho com uma semana ou dor de costas há três meses” não justificam uma ida ao serviço de urgências, complementa o médico do S. João.

“Este tipo de situações têm um local para serem tratadas, que não é o serviço de urgência. Em princípio, será nos cuidados de saúde primários. Ninguém tira a ideia de que as pessoas estão preocupadas e precisam de um encaminhamento e de orientação clínica. Mas tem de ser feita no sítio certo e no tempo certo”, conclui.

 

Créditos: MultiNews

 

TVSH 2021

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