Há vontade do Governo em reabrir a Linha de Leixões, que passa em Matosinhos, conforme reivindicado pelas empresas da região. A garantia é do secretário de Estado das Infraestruturas, Frederico Francisco, que quer, contudo, evitar um “fracasso” como aconteceu em 2009.
“Temos a intenção de reativar o transporte de passageiros da Linha de Leixões. A única questão que se coloca é que da última vez que se reativou o transporte de passageiros na Linha de Leixões, em 2009, não foi bem-sucedido”, disse aos jornalistas, no Porto, Frederico Francisco, na sexta-feira (27). Atualmente, aquela linha ferroviária é utilizada para transporte de mercadorias.
O governante falava à margem da conferência “Portugal e a Alta Velocidade Ferroviária”, que decorreu na Sede da Região Norte da Ordem dos Engenheiros, no Porto, em parceria com a Ordem dos Economistas.
Esta quinta-feira, várias empresas localizadas na Via Norte, troço que atravessa os concelhos do Porto, Maia e Matosinhos, enviaram uma carta aberta ao ministro das Infraestruturas pedindo a reativação da Linha de Leixões, potenciando também ligações à rede de metro.
“Estamos a avaliar aquilo que conseguimos fazer no curto prazo e se isso é suficientemente bom para que não volte a fracassar como fracassou em 2009”, afirma Frederico Francisco, citado pela Lusa.
Para o governante, o objetivo é que quando o serviço volte a Leixões, seja “bem-sucedido” e venha “para ficar”.
À espera dos resultados dos estudos
Questionado sobre se seria possível avançar para a reabertura sem os interfaces com o metro do Porto, Frederico Francisco admitiu que, “do ponto de vista técnico, é”, mas a questão prende-se com a ativação de um serviço que, um ou dois anos depois, esteja a “transportar poucas centenas de passageiros por dia, como aconteceu em 2009 e 2010”.
“Ainda não temos os resultados dos estudos que nos permitem dizer se é assim ou não”, conclui, não se comprometendo com prazos.
A reabertura da Linha de Leixões está prevista no Plano Ferroviário Nacional, coordenado pelo secretário de Estado, compreendendo as atuais estações de São Gemil, São Mamede de Infesta, Leça do Balio e Leixões, mas criando também interfaces com o metro do Porto no Hospital de S. João – Asprela (Linha Amarela), Araújo (Linha Verde), Esposade – Guifões (Linhas Vermelha e Violeta) e Leixões (Linha Azul).
Créditos: JN
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