Galp, CCDR Norte e CM Matosinhos assinam hoje acordo para desenvolvimento da antiga refinaria da Petrogal

Galp, Câmara de Matosinhos e CCDR-N assinam acordo para assegurar “enquadramento jurídico e económico” ao projeto de reconversão dos terrenos da refinaria, que prevê criar até 25 mil empregos.

As primeiras ideias concretas sobre o que vai surgir nos terrenos da antiga refinaria da Galp em Leça da Palmeira (Matosinhos) são uma cidade dedicada à inovação e às energias do futuro (Innovation District) e um polo universitário. Num prazo de 10 anos, a empresa prevê a criação de 20 a 25 mil postos de trabalho diretos ou indiretos, a unidade industrial que conta com 237 hectares, deixou de ter uso a 30 de abril de 2020, é preciso que  desmontem e descontaminem para dar início a uma nova etapa.

O anúncio surgiu de um protocolo de cooperação com a Câmara de Matosinhos e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), com a petrolífera a falar da “criação de um Innovation District, potenciado por um ecossistema urbano, social e ambientalmente sustentável, incluindo comércio e serviços, hotelaria, restauração, indústria 4.0, habitação, equipamentos culturais e de lazer, com destaque para um Green Park”.

Futuramente poderá haver a cedência de parcelas de terreno no perímetro da refinaria para a construção de um polo universitário. A proposta da autarca matosinhense, é que aquele espaço possa acolher o Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR), ligado à Universidade do Porto, que “já não tem condições para continuar onde está” refere Luísa Salgueiro, no edifício do Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões.

Paula Amorim, a presidente do conselho de administração da Galp, refere “O Norte e a cidade de Matosinhos abraçaram durante meio século uma atividade industrial estratégica, pioneira e estruturante para o desenvolvimento da região e a transformação energética do país. Perante a inevitável e necessária transição energética para um mundo mais sustentável, a Galp pretende assegurar e perpetuar o seu contributo social e económico, criando ainda mais valor para Matosinhos, para o mercado e participando ativamente no progresso do país”.