Desde quarta-feira, cada hora aumentava a ansiedade. Nesse dia, o casal de namorados Kilian e Angelina tinha ido à PATA (Plataforma de Acolhimento e Tratamento Animal), em Gaia, e ficou derretido pela doce Lua, uma felina de pêlo preto. Desde então foi longa a espera. Entretanto, a gata foi esterilizada e desparasitada. Finalmente, este sábado, pôde saltar para os braços da nova família.
“Demorei quatro anos a convencer a minha mãe. Tem tudo para correr bem”, afirmou Kilian, no momento em que a Lua estava prestes a trocar Gaia por Matosinhos, onde residem os novos companheiros.
Este foi um dos felizes desenlaces de sábado, dia em que a PATA abriu portas aos candidatos a levar animais para as suas casas. A iniciativa já tinha sido levada a cabo em outubro e terá continuidade em dezembro, no dia 17.
A plataforma está repleta de escolhas. São cerca de 200 os bichos à espera de uma nova morada. A Câmara de Gaia trata do bilhete de identidade: identificação eletrónica, desparasitação e esterilização.
Mário Ribeiro, enfermeiro veterinário, deixa o convite às famílias para aparecerem, mas ressalva que a decisão de adotar exige uma ponderação “consciente”. É que, “todos os dias”, a PATA recebe chamadas de pessoas a perguntar se a entidade pode receber animais, numa altura em que a lotação já está esgotada.
Se Kilian juntou um elemento ao agregado familiar, outros estão numa fase embrionária, como Catarina Delgado, que procura um canídeo para ajudar o pai, à beira da reforma, a passar o tempo. “Antes, em casa, havia uma cadela, também adotada. O meu pai sente falta e estou a tratar disso. É o momento ideal”, disse Catarina.
Entre segunda e sexta-feira, a PATA também recebe candidatos.
Créditos: JN
TVSH 2022