A directora-geral da Saúde avisa que “Este número é superior aos picos das curvas epidémicas anteriores, exceto a deste Inverno”, pois nestes últimos dias houve 60 mil casos de infetados.
Após da directora-geral da Saúde ter avisado que a transmissibilidade continua elevado“, Graça Freitas falou da adoção de medidas para o período da Páscoa.
Numa conferência de imprensa de balanço sobre a situação epidemiológica em Portugal, Graça Freitas afirmou que “nos últimos sete dias registaram-se 60 mil casos” de infeção. “Este número é superior aos picos das curvas epidémicas anteriores, exceto a deste Inverno”, alertou.
Quanto à mortalidade, a directora-geral da Saúde salientou que este é o indicador que traz mais preocupação. Na última avaliação feita pela Direcção-Geral da Saúde (DGS), este indicador situava-se em 28,5 óbitos por milhão de habitantes numa média a 14 dias – acima do limiar de 20 mortes definido pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC). Em Portugal, este indicador “revela uma tendência estável, muito ligeiramente decrescente”. “Vamos ver se esta diminuição se mantém ou não”, acrescentou.
No que respeita à obrigatoriedade do uso de máscaras nos espaços interiores públicos, como escolas, serviços de saúde ou transportes, uma das medidas de combate à pandemia ainda em vigor, a directora-geral da Saúde referiu que é preciso “ter mais alguma calma”. “Mesmo que não seja obrigatória [no futuro]”, a autoridade de saúde vai “continuar a recomendar máscara nos serviços de saúde e nos lares”.
Os conselhos de Graça Freitas para a Páscoa:
- “Em espaços fechados continuamos a recomendar o seu arejamento”;
- “Continuamos a recomendar em espaços fechados a utilização de máscaras”;
- “Por cautela, mantenha a distância física com pessoas com as quais não convive habitualmente”;
- “Para participar em convívios alargados pode sempre fazer um teste para SARS-CoV-2”;
- “As medidas de higiene das mãos e de higiene respiratória são sempre uma boa prática”.
Sobre se é previsível que exista um aumento da transmissibilidade devido à movimentação de pessoas nesta altura pascal e, subsequentemente, um novo agravamento dos indicadores, Graça Freitas respondeu aos jornalistas que “mesmo que haja um impacto” não é de “prever um aumento exponencial do número de casos”.
Também para quem não tem a dose de reforço da vacina contra a covid-19 mantém-se a obrigatoriedade do teste negativo nas visitas a lares e em estabelecimentos de saúde.
Créditos: CNN
TVSH 2022