O Município de Matosinhos está a desenvolver um esforço de restauro e valorização ecológica do Vale do Leça, tendo em conta a necessidade de enriquecer a biodiversidade da região.
O objetivo é fazer regressar espécies do bosque nativo, de que são exemplo os amieiros, os sabugueiros ou pilriteiros, e os seus naturais habitantes, como os guarda-rios, o esquilo-vermelho, o musaranho-de-dentes-vermelhos ou a toupeira-de-água.
Assim, foi implementado o Centro de Recuperação Paisagística do Vale do Leça, um projeto que se desenvolve a partir do Parque Ecológico Monte de S. Brás, e que assenta em três componentes: produção de árvores e arbustos nativos para rearborizar as áreas envolventes do rio Leça; formação sobre a propagação e uso de espécies nativas e o restauro de áreas debilitadas; e a instalação de espaços demonstrativos com boas práticas de reabilitação da paisagem e agroflorestais.
Desde 2018, que o viveiro de árvores e arbustos autóctones do Leça produziu 8.340 árvores e arbustos de 17 espécies nativas, nomeadamente a aveleira, azereiro, borrazeira, carvalho alvarinho, cerejeira, erica, gilbardeira, freixo, lódão-bastardo, loureiro, padreiro, pilriteiro, medronheiro, murta, sanguinho-de-agua, sabugueiro, salgueiro-branco.
São escolhidas as espécies mais adequadas, pertencentes à flora espontânea da região do Vale do Leça, e procura-se implementar as melhores práticas de propagação. Para o efeito, são promovidas ações de voluntariado e de formação.
Em 2021, realizou-se uma campanha de oferta de árvores “Árvores pequenas procuram proprietários de coração grande” com 500 árvores atribuídas. Para o próximo outono, está prevista a realização de uma nova campanha.
O arboreto do Leça é uma coleção botânica com 40 espécies de árvores e arbustos autóctones instaladas na envolvente do Parque Ecológico do Monte de S. Brás.
Desde 2019 que se estabeleceu um campo demonstrativo experimental, o campo demostrativo de reabilitação da paisagem, onde são aplicadas boas práticas de reabilitação da paisagem, de forma a evidenciar o potencial económico das plantas nativas nomeadamente aveleiras, medronheiros, sobreiros, pinheiros mansos e sabugueiros.
Créditos: CMM
TVSH 2022