Camiões três dias parados contra demoras no Porto de Leixões

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As transportadoras rodoviárias vão ter os camiões parados junto aos acessos do Porto de Leixões, em Matosinhos, contestando os tempos de espera para carregar e descarregar. O protesto começou esta quarta-feira e prolonga-se até sexta.

 

Cerca de 100 camiões representativos de 60 empresas estiveram parados ontem junto aos acessos da Via de Ligação Interna ao Porto de Leixões (VILP), em Matosinhos, em protesto contra aquilo que consideram ser “a inoperacionalidade do porto de mar da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL)”, que os obriga diariamente a “esperar cinco a seis horas para levantar ou descarregar mercadorias, quando o tempo referencial é de 55 minutos”, disse, ao JN, Paulo Paiva, porta-voz e assessor jurídico do grupo.

Com esta paralisação, que vai durar até amanhã (entre as oito e as 20 horas), os empresários chamam a atenção para a necessidade de serem ressarcidos dos prejuízos e exigem que a APDL tome medidas, junto do seu concessionário (Yilport), para que isto não volte a acontecer ou que, pelo menos, sejam cada vez mais raras as demoras, explicou o mesmo responsável.

Segundo Paulo Paiva, a situação agudizou-se no mês passado, devido à troca de um programa de gestão de porto de mar”, o que fez com que os camiões tenham “ficado cinco, seis e até sete horas à espera”.

Cláudia Soutinho, vogal da administração que lidera a APDL após saída de Nuno Araújo da presidência, confirmou ao JN que “houve duas semanas, com a entrada em funcionamento do novo sistema de gestão operacional do concessionário , em que os tempos de espera dispararam”, tendo a situação , entretanto, voltado “mais ou menos à normalidade”. E salientou: “O Porto de Leixões é o mais eficiente do país, aquele que melhor trabalha e queremos continuar a ser assim”.

Segundo a administradora, o problema que gerou a paralisação dos camiões “não tem propriamente a ver com o porto”, dando conta que “os transportadores têm um problema grave, estrutural, relacionado com os preços que praticam e com a concorrência entre eles”. A APDL está “solidária com o protesto dos transportadores”, salvaguardou.
Já Rui Cunha, diretor do departamento de operações portuárias na APDL, ressalva que “o Porto de Leixões não tem feito outra coisa que seja não melhorar todo o processo das transportadoras”, dando como exemplos a criação da VILP ou, no extremo dela, a portaria eletrónica com todos os processos, para que haja uma boa fluidez.

Para aquele o responsável, “o concessionário montou o melhor sistema de gestão de parque”, dando conta que o problema dos tempos de espera está associado “a picos de intensidade diários”. Por contraponto, em dias da semana, às terças, quartas e quintas há horas quase em vazio, acrescentou.

Paulo Paiva entende que uma das soluções que poderia mitigar a demora dos camiões “era separar as operações”. E explicou: “Era colocar a operação rodoviária durante o horário diurno e a operação marítima durante o horário noturno, criando outros mecanismos na própria troca de turnos, que obrigam a uma paragem de 40 minutos. A laboração devia ser contínua”, concluiu.

 

Créditos: JN

TVSH 2023

One thought on “Camiões três dias parados contra demoras no Porto de Leixões

  1. Concordo plenamente com todo o texto. Ando diariamente lá e no meu entender era o que o Porto fazia melhor era criar um horário “ex das 7 às 21 seguido sem interrupção e depois serviço marítimo. Na minha opinião era o mais correto. Também tem mais uma coisa e não sou só eu que o falo acho que é no geral dos colegas que la vão com eu, è a falta de sensibilização dos manobradores tanto dos pórticos como máquinas e também falta de educação.

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