Bloco de Esquerda quer habitação a preços justos em Matosinhos

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O Bloco de Esquerda de Matosinhos realizou este sábado uma iniciativa para chamar a atenção para as políticas erradas do executivo municipal no setor da Habitação. A falta de políticas públicas de habitação abre caminho à especulação, empurrando as classes médias e baixas para longe dos principais centros urbanos.

 

Sendo Matosinhos o segundo concelho da área metropolitana do Porto onde o custo da habitação mais subiu (12,1% segundo os dados do último trimestre de 2022 disponibilizados pelo INE), é também dos que no país apresenta um maior número de fogos habitacionais devolutos (também segundo o INE, são 3951 fogos habitacionais devolutos). Estes números mostram a falta de vontade do executivo municipal em responder à crise da falta de habitação.

Em frente a um terreno municipal devoluto, junto ao NorteShopping, que poderia servir para construção a preços justos, o Bloco de Esquerda de Matosinhos apresentou uma faixa onde dizia “Casas para Morar, não para Especular”.

Pedro Filipe Soares, líder parlamentar e membro da organização concelhia, referiu que “cada vez que as políticas públicas falham é o mercado que avança e é a especulação que sai vencedora negando o direito a habitação”. Acrescentou que “Matosinhos é dos concelhos mais caros para comprar casa na área metropolitana do Porto e o terreno em que estamos é mais uma prova da falta de coragem da Câmara Municipal de Matosinhos para responder à crise da habitação”.

A eleita municipal Nádia Leal, representante da concelhia na Assembleia Municipal de Matosinhos afirmou que “o custo da habitação é um problema em Matosinhos e tem empurrado a classe média e média baixa para fora do concelho”. O terreno municipal devoluto “podia estar a ser utilizado para habitação pública, mas a Câmara Municipal recusa-se a fazê-lo apesar das várias vezes que o tema foi levado pelo BE à Assembleia Municipal”.

Já Bruno Parente, eleito na Assembleia de Freguesia da União de Freguesias São Mamede de Infesta e Senhora da Hora, referiu os recentes dados do INE que indicavam que “as freguesias de São Mamede de Infesta e Senhora da Hora são das que no país têm mais fogos habitacionais devolutos”. Ainda segundo o autarca bloquista esta realidade “vem provar como há alternativas para a habitação a preços justos, como o Bloco tem defendido, e o terreno municipal devoluto mostra ainda mais esta realidade”.

A iniciativa permitiu o contacto com populares que circulavam junto ao local, tendo a comitiva bloquista constatado que o problema da habitação é muito sentido pela população que exige respostas para habitações a preços justos.

TVSH 2023

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